Operação Calvário: com prisões decretadas, Ricardo Coutinho e mais três envolvidos permanecem foragidos

Com prisão decretada desde a manhã desta terça-feira (17) o ex-governador da Paraíba, Ricardo Vieira Coutinho (PSB) continua foragido. Além dele, outras três pessoas com ordens de prisão decretadas pela sétima fase (juízo final) da Operação Calvário, ainda não foram capturadas e nem se apresentaram às autoridades. Ao todo foram 17 mandados de prisão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba.

Em nota, o socialista explicou que está de férias no exterior, mas que estará antecipando seu retorno para se colocar à disposição da Justiça.

“Fui surpreendido com decisão judicial decretando minha prisão preventiva em meio a uma acusação genérica de que eu faria parte de uma suposta organização criminosa”. escreveu Ricardo.

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O trabalho que também cumpriu 28 buscas e apreensões foi realizado por cerca de 350 homens do GAECO, Polícia Federal e Controladoria Geral da União. Também foram presos os ex-secretários de Estado, Waldson Souza, Gilberto Carneiro e Cláudia Veras, bem como, o irmão do ex-governador, Coriolano Coutinho, a deputada Estelizabel Bezerra, empresários e operadores de organizações sociais prestadoras de serviço ao Governo da Paraíba durante a gestão socialista. A prefeita de Conde, Márcia Lucena, recebeu ordem de prisão e se entregou à Polícia Federal.

A mais recente fase da Operação Calvário ainda teve como alvos, três conselheiros do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB): André Carlo Torre Pontes, Nominando Diniz e Arthur Cunha Lima. A PF, o GAECO e a CGU cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da corte de contas nesta manhã.

Confira a lista dos alvos dos mandados de prisão:

01. Ricardo Vieira Coutinho (PSB)
02. Estela Bezerra (PSB)
03. Márcia Lucena (PSB)
04. Waldson de Souza
05. Gilberto Carneiro
06. Cláudia Veras
07. Coriolano Coutinho
08. Bruno Miguel Teixeira
09. José Arthur Viana
10. Breno Dornelle Pahim
11. Francisco das Chagas Pereira
12. Denise Krummenauer Pahim
13. David Clemente Correia
14. Márcio Nogueira Vignoli
15. Valdemar Ábila
16. Vladmir dos Santos Neiva
17. Hilário Ananias Queiroz Nogueira

As investigações revelaram que os recursos públicos repassados às Organizações Sociais contratadas pelo Governo da Paraíba para gerir as unidades estaduais de saúde e de educação eram, em parte, desviados em favor dos integrantes da Organização Criminosa, em forma de propina. Somente no período de 2011 a 2019, o Governo da Paraíba repassou mais de R$ 1 bilhão de reais para as Organizações Sociais Cruz Vermelha e IPCEP. O ex-governador Ricardo Coutinho, responsável por trazer as OS para a Paraíba, é apontado nas investigações como o chefe da Organização Criminosa.

O desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça (TJ-PB), destacou serem gravíssimos os delitos atribuídos aos investigados, inserindo-se no rol das infrações penais de elevado potencial ofensivo.

“Trata-se, na hipótese, de apuração de crimes de relevo, que subtraem dinheiro da saúde e da educação de forma perniciosa, trazendo vultoso prejuízo a toda a sociedade paraibana. Assim, diante do porte do esquema que se pretende desembaraçar, cumulado com a forte articulação dos envolvidos, sopesa-se contundente sugestão fática e real de periculosidade a deferir a constrição”, ressaltou.

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