Ao sinalizar que fará delação premiada, Livânia Farias perde advogado de defesa

Desde o último final de semana que há uma sinalização por parte da sousense Livânia Maria da Silva Farias, ex-secretária de Administração dos governos Ricardo Coutinho I e II e João Azevêdo, em torno de uma delação premiada sendo negociada com o Ministério Público com relação aos atos de corrupção investigados pela Operação Calvário.

Ainda sem confirmação, mas pelo simples fato das notícias se espalharem pelo estado, o advogado advogado Solon Benevides comunicou nesta segunda-feira (22) que deixou a defesa da ex-secretária. Livânia Farias está presa desde 16 de março deste ano em um batalhão da Polícia Militar em Cabedelo.

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Benevides alegou questões de foro íntimo para justificar a saída do caso. Ele é um dos dois advogados que integram a defesa de Livânia Farias. O outro é Sheyner Asfora, o qual anunciou que pretende se reunir com a ex-secretária nesta terça-feira (23) para definir seu futuro no caso.

Reunião com a família

A saída ocorre em meio a especulações de que a secretária decidiu fazer acordo de delação premiada. Ela teria se reunido com familiares nos últimos dias, com o objetivo de definir uma estratégia para a defesa. O ex-marido, Elvis Rodrigues Farias, irmãos e sobrinhos dela também estão sendo investigados em ação movida pelo Ministério Público da Paraíba. A amiga Aparecida Oliveira, esposa do ex-prefeito de Sousa, João Estrela (PDT) tornou-se ré em uma das ações que investiga a ex-secretária.

Considerada mulher forte no Governo do Estado, Farias é acusada de recebimento de propinas pagas por dirigentes da Cruz Vermelha Brasileira, filial Rio Grande do Sul. Ela também teve sequestrados um veículo BMW e uma casa em Sousa, por decisão da justiça. Em outro processo, responde pela propina de R$ 900 mil entregue em uma caixa de vinho no Rio de Janeiro.

Organização criminosa

Livânia Farias é apontada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) como a gestora dos contratos da Cruz Vermelha com o governo. Há a informação de que teria havido desvios de recursos e pagamentos de propinas a autoridades, além do financiamento de campanhas eleitorais.

A instituição, em conjunto com o Instituto de Psicologia Clínica, Educacional e Profissional (IPCEP), administrou recursos da ordem de R$ 1,1 bilhão entre 2011 e 2018. Elas são responsáveis pela gestão dos hospitais de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, Metropolitano Dom José Maria Pires e o Regional de Mamanguape.

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Com informações de Blog do Suetoni