Empresa acusada de desvios de dinheiro da Saúde de Sousa tem 15 dias para defesa em ação de improbidade

Quem não se lembra da Hope Medical? Empresa que faturou aproximadamente de R$ 4,5 milhões dos recursos da Saúde pública de Sousa, Sertão da Paraíba, entre 2010 e 2012, durante a primeira gestão do prefeito Fábio Tyrone (PSB).

Auditoria do Ministério da Saúde e ações na 8ª Vara Federal de Sousa investigam as práticas de desvios de dinheiro do SUS, repassados para a Prefeitura de Sousa. “Eis uma franca demonstração de que a Hope foi criada ‘sob encomenda’ da própria Secretaria Municipal de Saúde (com o fito de fraudar o SUS)”, diz o Ministério Público em ação civil pública por atos de improbidade administrativa.

Os investigados são:

Fábio Tyrone Braga de Oliveira (prefeito);

Gilberto Gomes Sarmento (médico e ex-secretário de Saúde);

Hope Medical Ltda. (pessoa jurídica);

Josiane Brito Correia Lima e Josinete Brito Correia Lima (sócias);

José Aldo Simões e Silva, médico.

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Agora, Josiane Brito e José Aldo Simões e a empresa Hope Medical, representada por Josiane, têm prazo de 15 dias para oferecerem contestação acerca das acusações contidas na ação.

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Como funcionava o esquema?

De acordo com a auditoria, houve cobranças em duplicidade e cobranças indevidas em consultas especializadas. A auditoria constatou também algumas falhas no preenchimento de ficha dos pacientes e ausência de controle na fiscalização dos procedimentos médicos.

A atuação da empresa chamou a atenção do Ministério Público Federal, pois, em pouco mais de dois anos a Hope Medical recebeu da Prefeitura de Sousa um montante de quase R$ 4.500.000,00 (quatro milhões e quinhentos mil reais) da Prefeitura de Sousa.

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A Hope Medical Ltda. foi criada em novembro de 2009, e em menos de um mês começou a prestar serviços com atendimento em várias especialidades. O endereço da empresa era o da clínica particular do médico e ex-secretário de Saúde, Gilberto Sarmento.

O MPF recebeu várias denúncias e está investigando o caso. Uma delas é sobre o preenchimento das fichas assinadas pelos pacientes em três vias. Dezenas delas estão quase em branco, mas todas estão com assinaturas de pacientes.

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