“E o salário ó”: concurso da Prefeitura de Sousa passa na Câmara sob protestos de advogados

Salários de R$ 1,5 mil para cargos de nível superior de ensino como advogado, enfermeiro, farmacêutico e psicólogo. Salários de R$ 2 mil para médicos de várias especialidades, cirurgião dentista e assistente social. Um salário mínimo para profissionais de nível médio, a exemplo de técnico em contabilidade, educador social, guarda municipal e assistente administrativo. R$ 998,00 também para operador de máquinas pesadas, merendeira, auxiliar de serviços diversos, padeiro e motorista CNH D, além de outras funções de nível fundamental. Confira abaixo a relação completa.

Com essas baixas remunerações, no dia da aprovação do projeto enviado pelo prefeito Fábio Tyrone (PSB), o concurso da Prefeitura de Sousa, no Sertão da Paraíba, sofreu os primeiros protestos. E a reação veio através da OAB local.

Nesta terça-feira (22), vários membros da diretoria, capitaneados pela presidente Adélia Marques Formiga, descontentes com a desvalorização oferecida à categoria representada na gestão pelo cargo da advogado público, foram a Câmara Municipal para pedir que os vencimentos dos advogados fossem melhorados.

Mesmo assim, os vereadores ligados ao prefeito aprovaram o projeito da maneira que estava redigido e, como resultado da luta dos juristas, apenas uma “conversa cansada”: a promessa de que posteriormente a OAB será recebida pelo gestor e auxiliares com o propósito de alterar uma lei anterior.

Representantes de outras categorias com remunerações tidas como igualmente desvalorizadas não se manifestaram até o momento.

É justamente como dizia o “Professor Raimundo”, personagem de Chico Anysio no programa A Escolinha do Professor Raimundo, da TV Globo: “E o salário, ó”.

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