(IN)SEGURANÇA PENITENCIÁRIA: PB1, o caos anunciado

Qualquer gestor sabe (ou pelo menos deveria saber) que a regra básica para se oferecer à população serviços públicos de qualidade é manter uma política efetiva de investimentos em condições de trabalho e valorização do servidor público.

As circunstâncias que ocasionaram a fuga em massa de presos do PB1 refletem bem o quanto a falta de investimentos na Segurança Pública da Paraíba compromete os serviços e, neste caso, o mais grave é que ainda põe em permanente risco a vida de agentes e policiais responsáveis por garantir a segurança.

Segundo Marcelo Gervázio, presidente da Associação dos Agentes Penitenciários (Agepen-PB) e Manoel Leite, presidente do Sindicato dos Agentes e Técnicos Penitenciários (Sindasp-PB) os problemas não são apenas de ordem estrutural ou física. Atualmente, o Estado da Paraíba conta com aproximadamente 1.850 agentes penitenciários, mas a necessidade seria de, no mínimo, 4 mil. Além da realização do concurso público, a categoria cobra a criação de um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), garantia de aposentadoria integral e melhorias nas condições de trabalho.

Contudo, a falta de investimentos por parte do Governo Estadual não é uma realidade que atinge somente o setor de segurança. A situação é precária ainda em quaisquer setores. No caso do Fisco Estadual, a direção do Sindifisco-PB vem alertando sobre a necessidade de se promover, o quanto antes, melhorias nas repartições fiscais que se encontram sucateadas. Também é preciso valorizar a categoria fiscal, cumprindo as leis que lhes asseguram direitos. Nada disso é feito em favor dos paraibanos.

Sindifisco PB